quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Soneto de Fidelidade
De tudo meu amor serei atento/
Antes e com tal zelo, e sempre atento/
que mesmo em face do maio encanto mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento/
E em seu louvor hei de espalhar meu canto./
E rir meu riso e derramar meu pranto.
Ao seu pesar ou seu contentamento./
E assim, quando mais tarde me procure/
Quem sabe a morte, angústia de quem vive/
Quem sabe a solidão, fim de quem ama./
Eu possa me dizer do amor (que tive):/
Que não seja, imortal, posto que é chama/
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinicius de Morais)
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